O Ecomuseu Municipal do Seixal (EMS) tem por missão investigar, conservar, documentar, interpretar, valorizar e difundir testemunhos do Homem e do meio, reportados ao território e à população do concelho, com vista a contribuir para a construção e a transmissão das memórias sociais e para um desenvolvimento local sustentável. Funcionalmente, baseia-se na gestão integrada de serviços, por que se reparte uma equipa permanente de cerca de 45 pessoas, abrangendo a investigação, a documentação, a conservação, a exposição, a difusão e a educação, centradas num vasto acervo museológico e num património muito diversificado. Territorialmente, o EMS integra oito sítios (cinco núcleos museológicos e três extensões) e gere três embarcações tradicionais de recreio. Os núcleos são sítios ou espaços de propriedade e tutela municipais, musealizados ou com aproveitamento museológico atual ou programado. As extensões são sítios ou patrimónios integrados em espaços de tutelas mistas, com parcial aproveitamento museológico. O acervo do Ecomuseu Municipal do Seixal é constituído por património cultural imóvel, por património flutuante e por bens móveis, incluindo coleções arqueológicas, técnicas e industriais, artísticas e etnográficas e fundos documentais, na sua maioria provenientes do território do concelho. Destacam-se: - as coleções arqueológicas, nomeadamente da Olaria Romana da Quinta do Rouxinol; - as coleções industriais, nomeadamente da fábrica de cortiça da Mundet & C.ª, Lda. (Seixal); - as coleções etnográficas e de cultura flúvio-marítima, nomeadamente de estaleiros navais tradicionais do estuário do Tejo; - as coleções de azulejaria (séculos XVI a XX); - as coleções e fundos documentais (imprensa local, fotografia, bibliografia e documentos variados, incluindo fundo antigo da Câmara). Para além do património material incorporado no seu acervo, o Ecomuseu Municipal do Seixal (EMS) integra e dinamiza um importante património cultural imaterial, nomeadamente através da preservação e da transmissão de técnicas e saber-fazer ligados à tipografia, à moagem, à construção naval tradicional em madeira, à navegação à vela tradicional no estuário do Tejo e à produção de energia mecânica a vapor, que no contexto do trabalho museológico estão associados respetivamente à oficina tradicional de artes gráficas no Espaço Memória –Tipografia Popular do Seixal, ao Moinho de Maré de Corroios, à oficina de modelismo naval no Núcleo Naval, às embarcações tradicionais, e ao circuito da pólvora negra, na Fábrica de Pólvora de Vale de Milhaços.